quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Cotidiano com TB

Fúria
O dia começou assim: acordei, fui pro ensaio da peça de teatro da qual faço parte (mas o ensaio não rolou), e de lá fui para o médico.
Retorno com o neurologista, para verificar o exame de eletro que fiz na semana passada. Fui sozinha, e fiquei cerca de 3 horas esperando (para uma consulta que durou 1 min – sério!).
Essa esperava, me gerou panico. Eu suava, tremia e parecia que todas aquelas pessoas que não conseguiam ficar quietas estavam subindo em cima de mim. Em alguns momentos, me peguei com impulso para rasgar o envelope onde estava o resultado do exame. Eu já estava esgotando.
Tomei um folego e fui falar com a moça da recepção. Expliquei a situação e ela me respondeu: tem que esperar! Sim, moça, eu sei que tem que esperar, eu não pedi para me passar pra frente. Mas dado que eu tinha dito à ela que o problema era a quantidade de pessoas falando e que isso tinha me levado à um nivel muito alto de nervosismo, ela poderia ter autorizado que eu entrasse pelo ao menos para me sentar numa sala que ficava ao lado, que estava bem mais silenciosa.
Eu entendi isso como um “você não é diferente, todo mundo tem que esperar”
Na semana passada, quando estive lá, esta mesma situação me ocorreu, e uma outra funcionária foi super solicita, conversando comigo e me acalmando. A cena não se repetiu…
O que acontece, é que a maior parte das pessoas, mesmo as que trabalham em hospitais, estão ali para cumprir um protocolo. Elas não são capazes de entender que as pessoas são diferentes umas das outras, e que com isso, tem necessidades distintas. A maioria das pessoas, não enxergam o ser humano, enxergam o paciente, o pedestre, o aluno, o cliente…
Enfim, isso é só um desabafo…

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