
Eu sempre tive a escrita como algo que liberta e faz digerir certas coisas, por esse motivo, resolvi postar sobre o meu transtorno. Talvez expondo, eu consiga externa-lo. Há pouco tempo fui diagnosticada com T.B (transtorno bipolar) e desde então tenho feito tratamento medicamentoso e acompanhamento com psiquiatra. Em breve começarei terapia também.
Primeiramente, gostaria de dizer, que quem tem transtorno também é gente. Se você acha desnecessário eu estar escrevendo sobre isso, certamente você é uma pessoa que não precisaria estar lendo isto. É difícil encarar preconceito; é preconceito no olhar e na forma de tratar. Isso não colabora em nada com a melhora da pessoa que porta a doença, só ajuda a agravar.
Vou fazer outras postagens sobre o assunto, mas antes de qualquer outra coisa, segue um resumo que fiz do texto publicado no site da ABTB – Associação Brasileira de Transtorno Bipolar. Para conferi-lo na integra,clique aqui
O QUE É TRANSTORNO BIPOLAR?
O Transtorno Bipolar é caracterizado por alterações de humor que se manifestam como episódios depressivos alternando-se com episódios de euforia (também denominados de mania), em diversos graus de intensidade. O TB tipo I, que se caracteriza pela presença de episódios de depressão e de mania, Considerando-se os quadros mais brandos do que hoje se denomina “espectro bipolar”, como o Transtorno Bipolar tipo II (caracterizado pela alternância de depressão e episódios mais leves de euforia – hipomania)
A base genética do TB é bem estabelecida: 50% dos portadores apresentam pelo menos um familiar afetado, e filhos de portadores apresentam risco aumentado de apresentar a doença, quando comparados com a população geral.
O TB acarreta incapacitação e grave sofrimento para os portadores e suas famílias. Dados da Organização Mundial de Saúde, ainda na década de 1990, evidenciaram que o TB foi a sexta maior causa de incapacitação no mundo. Estimativas indicam que um portador que desenvolve os sintomas da doença aos 20 anos de idade, por exemplo, pode perder 9 anos de vida e 14 anos de produtividade profissional, se não tratado adequadamente.
A mortalidade dos portadores de TB é elevada, e o suicídio é a causa mais freqüente de morte, principalmente entre os jovens. Estima-se que até 50% dos portadores tentem o suicídio ao menos uma vez em suas vidas e 15% efetivamente o cometem. Também doenças clínicas como obesidade, diabetes, e problemas cardiovasculares são mais freqüentes entre portadores de Transtorno Bipolar do que na população geral.
O tratamento adequado do TB reduz a incapacitação e a mortalidade dos portadores. Em linhas gerais, inclui necessariamente a prescrição de um ou mais estabilizadores do humor em associação (carbonato de lítio, ácido valpróico/valproato de sódio/divalproato de sódio, lamotrigina, carbamazepina, oxcarbazepina). A associação de antidepressivos (de diferentes classes) e de antipsicóticos (em especial os de segunda geração como risperidona, olanzapina, quetiapina, ziprasidona, aripiprazol) pode ser necessária para o controle de episódios de depressão e de mania.
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